Eu quero ser do mundo, abrir porteiras.
Conhecer novas paisagens, seguir além.
Deixo meu barco solto na correnteza
Pra buscar os caminhos que me convém.
Uma inquietude racha a tampa da caixa
Me deixa louca, me deixa solta
Beijando a boca da solidão.
Sou mais um pirilampo num céu de estrelas
Guardando a luz que vem da boiera
Pra iluminar toda a escuridão
Vem um sonho e me leva nessa viagem
Se vou contigo tenho coragem
Minha saudade vai me valer.
Pela fronteira larga do sentimento
É o meu coração que segue no vento
Nas asas leves do teu querer.
Bota o caldeirão pra ferver
Bota o coração pra sonhar
Quero ver quem paga pra ver
Até onde eu posso chegar.