Quando o sanfoneiro puxa o fole
Começa o arrasta-pé lá no salão
Apaga a liz, acende o candieiro
Que eu só saio do terreiro
Quando o sol tiver clarão
Meu corpo coladinho ao dela
Chiado da chinela no som desse xote
Tua mão na minha mão
O sopro da emoção
E um fungado no cangote
Coração acelerado bate descompassado
E encharcados de suor
Nós dois nesse desatino
Tempero nordestino no forró
Sou teudengo, teu chamego
Sou teu nego, teu xodó
Sou teu homem, teu menino
tempero nordestino no forró