De corpo e alma entregue ao destino
Anjo bailarino sob o céu azul
Mãos de rendeira tecendo o destino
E o tear da vida a se desfiar
Pisando em sonhos tão suavemente
Como um rio corrente a se entregar pro mar
Um cão no cio sozinho na rua
Uivando pra lua pro tempo passar
Um louco ébrio em estado de coma
Mamulengo torto procurando a luz
Transgredindo toda sapiência
Ferindo a ciência das leis naturais
E faz o homem mudar seu caminho
Pisando em espinhos ao invés de flor
Perdendo a inocência da criança
Que é a semelhança do Deus criador