O relógio da matriz está batendo
Doze vezes porque já é meia-noite
Eu sozinho estou tão triste em meu quarto
A saudade em meu peito é um açoite
Eu bem sei que tu estás neste momento
Gargalhando e brindando o meu fracasso
Minha mágoa é saber que nesse instante
É bem feliz porque estás em outros braços
Tarde da noite
Meu sono vai para bem distante
Em minha mente está o seu semblante
Para torturar-me neste cativeiro
Estou sozinho
Ouvindo a chuva caindo lá fora
Meu triste pranto do meu rosto rola
Molhando a fronha do meu travesseiro
Enquanto ergues tua taça em sorrisos
Para saudar um novo amor que está contigo
Sozinho ergo minha taça de amargura
Para saudar a solidão que está comigo
Não te esqueça que neste mundo tudo se acaba
Tua beleza, tua vaidade terá um fim
Verás apenas que a solidão seguirá teus passos
Entre soluços irás então recordar de mim
Tarde da noite
Meu sono vai para bem distante
Em minha mente está o seu semblante
Para torturar-me neste cativeiro
Estou sozinho
Ouvindo a chuva caindo lá fora
Meu triste pranto do meu rosto rola
Molhando a fronha do meu travesseiro