No lugar que eu morava conheci o Zé Mané
Era muito divertido conhecido rei do mé
Quando casou na fazenda Santa Fé
Teve festa e pagodeira e também arrasta-pé
Aproveitando a colheita do café
Bebeu tudo, encheu a cara e não parava mais em pé
Baiano Zé, baiano Zé, baiano Zé que veio de Caculé
Acordou no outro dia, lembrou que tinha casado
E percebeu que estava sem mulher
Pobre do pobre, ainda estava atrapalhado
Saiu andando para onde Deus quiser
Se eu encontrar ela, eu vou segurar
Ou então volto pra minha Bahia a pé
Baiano Zé, baiano Zé, baiano Zé que veio de Caculé
Quando encontrou tava bem acompanhada
Arrependida não queria mais o Zé
Mas meu benzinho, eu não bebi quase nada
E nessa altura já estava de quatro pé
Ela então disse eu vou te dar uma chance
Vamos comigo, meus olhos de jacaré
Baiano Zé, baiano Zé, baiano Zé que veio de Caculé
Voltou com ele, foram morar na cidade
Mas a cidade sabe bem como é que é
Em pouco tempo já ficou acostumada
E a danada achou bom o arranzé
Um dia desse, o Zé com dor na cabeça
Passou a mão só pra ver o que é
É que o chifre do zebú tava tão grande
Não conseguia mais colocar o boné
Baiano Zé, baiano Zé, baiano Zé que veio de Caculé
Baiano Zé, baiano Zé, baiano Zé que veio de Caculé