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Ai, essa boca morena,
Morena me mata,
Quando desata,
Dizendo bobagens,
Que eu gosto de ouvir,
Quando me beijas os ouvidos,
Lá dentro no fundo,
Me priva os sentidos,
Parece que o mundo,
Em questão de segundos,
Se vai diluir.
Ai, os espelhos refletem,
Dois corpos em cio,
Sussurros, gemidos,
Cansaço chegando,
A me desafiar,
E essa boca morena,
Insensata e sem pena,
Vai me desgastando,
Amante, amando,
E eu me entregando,
Morrendo de amar.
Ai, essa boca morena,
Se dá por amor,
Sem dia, sem hora,
Sem ocasião,
Me suga, me beija,
Não deixa que eu grite,
E acende o pavio,
Como dinamite que explode,
Em meu peito,
E no meu coração.