Eu não acredito que seja abençoado
Se alguém me enfeitiçou foi o próprio Diabo
Coitado que vem do (sul) tão mal empregue
Podia tê-lo guardado para o senhor que se segue
Leva a tua avanta que eu levo a minha cruz
Troco o mazoquismo por alguém que me seduz
E a luz que nunca chega a ser a minha
Ofusca nos momentos em que a razão me convinha
Não queiras salvar alguém que nasce condenado
Não queiras a calma de uma alma enforcada na negação
de si
Mas bem lá no fundo
Sei que há mais do mundo
Escapam os padrões ditos normais e banais
Incompreendidos auto-escolhidos
Monstros convocados a menos
Convocados a mais
Monstros convocados a menos
Convocados a mais
Eu não acredito na bela sem senão
Vivo iludido com a própria ilusão
E não me digam que ela não existe
O mundo, ao fim ao cabo é de quem lhe resiste
Leva a tua avante que eu levo o que restou
Interessa o que seria se não fosse como sou?
Não vou modificar minha vontade
Só porque mais ninguém lhe vê um 'V' de verdade
Não queiras o hoje de um eterno e satisfeito
Amanhã a fúria do mundo imperfeito volta para se
vingar em ti
Mas bem lá no fundo
Sei que há mais do mundo
Escapam os padrões ditos normais e banais
São postos de lado
Marginalizados
Monstros convocados a menos
Convocados a mais