Cantando só
Cantando só
Num quarto bagunçado
Aqueles aviões derrubados por pedras
¡Cuidado!
Fogo no andar de cima
Cada quintal diz uma coisa e tal
Mas todos vieram apagar o que não se pode apagar
Sozinho!
O risco é acordar depois de consumado
Das cinzas não virá pássaro renascido
¡Amigo!
Foi quem correu perigo
Se o quarto já não é um bom lugar pra dormir
Não ter onde deitar, boa razão pra partir
Do lar
Que já não posso morar sozinho
Decerto vou regressar
Talvez de qualquer quintal, mas
Não volto
Sozinho
A Banda do Mar
Navego demasiadamente sedento
por entre as rugas da água e a carícia do vento
Sou eu que cresço e arrebento
Eu quero a lida eterna da navegança
Beijar o sal na tua boca
Cantar o canto do teu povo
e partir pra dentro de mim
Um abraço líquido em que me afogo
Na banda do mar que abri