Meu patuá se esquiva de vento virado
Tem feitiço no meu gingado
Cura no meu axé!
Mandinga, vigia de mau-olhado
Terreiro apaziguado
Rival cai, eu fico em pé!
Ê Bahia!
Igreja louvada faz encantamento de prece ecoar
É magia!
Sob a madrugada, candeia sagrada a me iluminar!
Em terra de Sol, cangaceiro
Encarnado curandeiro, colhe flor-de-lis
Em solo fértil, dá oliva, dá guiné
Pitadinha a mais de fé fortalece a raiz
Reza forte, milagre de bamba!
Reza forte no reino do samba!
Pajé, encantado da floresta
Alumia nossa festa, entoando o maracá
No candomblé, submersa no abô
Sentinela de Xangô
Sempre nos defenderá!
Meu céu acolhe santo disfarçado de estrela
E quando canto aquece a voz de quem me guia
Feito uma vela acesa no meu coração
Repare no ritual que emana da academia
Nosso batuque tem poder e poesia
Em qualquer religião!
Torrão, corpo fechado!
Preto velho mandingueiro
Vibra em nossa oração!
Torrão abençoado
Meu Salgueiro pede proteção!