Odu yá
Realeza do Orum
Desce ao lado de Obatalá, e da espada de Ogum
Reluziu os caminhos de Exu
Na sagrada missão do Ayê
Quando Olodumarê bradou ôôô
Virou conto de griô
Força de eleié que nos abraça
A sabedoria e o desatino
Nasce pelo ventre das cabaças
Ensina o amor ainda menino
Canto de orixá, canto de raça
Me deste Nanã, a sabedoria
E a força de Oyá me fez ventania
Se a calmaria chegar
Nos braços de Iemanjá
Maré me leva ao espelho de Oxum
Se a calmaria cessar
No rios de Obá
Levo a coragem que herdei de Ewá
Adurá
A reza no altar, no congá, candomblés
Evocar, saudação é Ibá
Rituais de Gèlèdès
Óh Mãe dessa gente sofrida
Negra Senhora de Aparecida
Guiai os caminhos romeiros, enfrenta na fé os tumbeiros
Mulher, você nunca está só
Meu canto é voz, emoção
De ver tua história em Tom Maior
Meu samba é Gratidão
Iyami, rainha, senhora
Raiz africana: Devoção!
Mãe assenta no ilê, mão que reza a amargura
Amor preto traz a cura!