África, reino de Ifón
Pai Oxalá corteja o som
Do meu cantar, que clama ao seu caminhar
Louvado rei, rumo às terras de Alafin Xangô
Mune os conselhos de um babalaô
À sina de Odú, oferte o ebó
Que a fome de Exú não dá ponto sem nó
E siga com mudas de branco
Silêncio e respeito ao santo
Mais vale caminho de acato
Ou caminho de dor?
No adabi do alabê
No toque do ijexá
Poder da oferta negada à luz do orixá
Obatalá no dendê
Sem traje pra atravessar
Curvado ao castigo de Bará
Reclusão, refém da injustiça de Oyó
A seca, a miséria e o pó
Puniram a violação
Maldição, que as chamas de Oranifé
Com fúria, virtude e axé
Superam por libertação
Awo! Um brilho enfeita seu adê!
Derrama água pra benzer
A minha escola em procissão
Rainha, és minha devoção!
Tem festança no ilê
O tambor vai balançar
Iabassê serve o tom
Que o povo quer sambar
Omi tutu ao Olúfon, minha raiz
É nascente da Imperatriz!