Você tá vendo essa casinha simplesinha
Toda branca de sapê
Diz que ela véve no abandono não tem dono
E se tem ninguém não vê
Uma roseira cobre a banda da varanda
E num pé de cambucá
Quando o dia se alevanta Virge Santa
Fica assim de sabiá
Deixa falá toda essa gente maldizente
Bem que tem um moradô
Sabe quem mora dentro dela Zé Gazela
O maió dos cantadô
Quando Gazela viu siá Rita tão bonita
Pôs a mão no coração
Ela pegou não disse nada deu risada
Pondo os oinho no chão
E se casaram, mas um dia, que agonia
Quando em casa ele voltou
Zé Gazela via siá Rita muito aflita
Tava lá Mané Sinhô
Tem duas cruz entrelaçada bem na estrada
Escrevero por detrás:
“Numa casa de caboclo um é pouco
Dois é bom, três é demais”