Murmura, rio, murmura!
É doce o teu murmurar
Que tristeza, que ternura
Tu tens no meu soluçar
Pela calada da noite
Enquanto não surge aurora!
Que está minha alma, se afoite
Suspira, guitarra, chora
E passo a vida tristonho
A cantar por não saber
Se a vida está só nos sonhos
E a realidade em morrer?
Tenho já seca a garganta
E como isto? Não sei
Quem canta, seu mal espanta
Pus-me a cantar e chorei!
Passar perfurante na vida
Pelas pessoas contrariadas!
E se vê brincando doentes
Ou lhe vejo sem ter moradas!
Todos que estão aqui, sem vida
E a minha vida, pra sempre chora
É uma dança dolorida
E a morte trazendo a melancolia
Essa canção só me atrasa
Presa nas águas da vida
Para espalhar sobre as águas
Enquanto, o corpo desliza!
Nestes teus lábios/olhos vermelhos
Ardentes na sombra sobre à Lua
Olhe amor, é um exílio!
Neste mundo de arrufos