Não direi como eu te adoro
Porque gemo e porque choro
Quando é noite de luar!
Fere a Lua as chagas d'alma
Mas, consola, mas acalma
Quando a gente sabe amar!
No silêncio, em soledade
Lembra o bardo com saudade
Tantos sonhos que perdeu!
Tantos sonhos que perdeu!
Suspirando, desolado
Cadência um aí magoado
No cristal do peito seu
Juro então sempre encontrares
Da saudades nos altares
Esse amor que em te voltei
Eis porque sofro e padeço
Porque de ti, não me esqueço
Nem jamais me esquecerei!
O bardo sente na calma
Que a Lua remexe n'alma
Com seu mar finco palor!
A mente alada insinua
Eis porque a noite de Lua
Relembra o primeiro amor
Não me perguntes se a mágoa
Faz os olhos rasos d'água
Como os sinto agora aqui!
Nas minha noturnas preces
Enquanto de mim te esqueces
Eu me recordo de ti!