Quem não viu não queira ver uma seca no sertão
O gado morre de fome e o vaqueiro sai chorando
Montado num alazão que de sede está morrendo
Com magro alazão nessa vida vai penando
Muito triste uma seca no sertão
Muita fome quando não há plantação
Minha casa tão pequena só cabe a esperança
De um dia ver a chuva trazendo abundância
Vou plantar o meu feijão, vou plantar o meu algodão
A asa branca vai voltar, pra cantar no meu sertão
Muito triste uma seca no sertão
Muita fome quando não há plantação
A fome dói lá no meu sertão
A fome dói quando não há plantação