Eram meus olhos de criança
fitando o infinito
buscando esperança
entre os gritos aflitos
Era um mundo que guardava
um pouco de ilusão
em cada canto e em cada casa
cada qual com o seu pão
(E só seu pão!)
E cada qual com o que é seu
de um seu que se dividia
e se plantava, colhia
já não havia agonia!
Plena liberdade
Pássaros voando
Criança, corria
Música, cantava
Fogueira, ardia
(E ninguém mandava!)
Era um sonho camarada
era um caminho, era uma estrada
o mundo que eu imagina
Era uma estrela que brilhava
era verdade o que geava
no mundo que eu imaginava