Eu vejo o tempo se repetindo
Vejo as mesmas coisas de antes
Eu vejo, em cada esquina
olhos vermelhos
de ratos despudorados
roendo o vil metal
Eu ouço gritos enclausurados
e o terror tão banal
E a vida
jogando jogos de azar
Eu vejo tantos dominados
cansados... Por isso querem gritar
Vejo a hipocrisia
através da cortina
auriverde da sala de estar
Vejo esse estado de demência
toda inconsciência
de quem se deixa levar
E se eu sou boi
não me deixo marcar. (bis)