As coisas que eu sabia
Ou imaginava saber
Aos poucos desaprendi
Careço reaprender
Diz um antigo ditado
Da vida nada se leva
Mas quem nunca teve nada
O nada será que carrega?
Escrevi por linhas certas
Só que não deu resultado
Deus não entendeu a escrita
Leu tudo torto e errado
Foi então que um grande susto
A vida veio e pregou
Me tirou o nada que eu tinha
E em troca nada deixou
Por uma triste ironia
Sempre fui mal pagador
Pagando mais que devia
Levei fama de devedor
Nesse jogo de artimanhas
Hoje com medo pressinto
Ao me embriagar de mentiras
Mergulhei num labirinto