Ó, mãe, me faz uma trouxa
Onde eu me caiba também
Envolve Belém numa colcha
Inteira, tal qual a sei.
Ó mãe, me arruma um balaio
De vime forte e seguro
E me pendura ao pescoço
O terço de bons augúrios
Pra feio eu nunca fazer...
Quero me portar direito
Fazendo jus ao teu nome
Sem nunca o desmerecer.
Ó, mãe, me borda no peito
As tuas iniciais
Mas prende com linha forte
Pra que não rompa jamais
E não me funga esse lenço
Me pedindo pra ficar
Te peço, prende o cachorro
Pra que eu não o veja chorar
E um prato no tucupi
Me prepare com todo amor
Deixa que amargue o jambu
Pra que se grude na boca.
Adeus, te mando uma carta
Dizendo como é que foi
Se foi, se é que foi...