Cambona, espeto e arreiador
Poncho, pessuelo e um pelegão
Quatro buçal' e duas maneia'
E uma costela gorda de capão
Rádio de pilha, erva e rapadura
Prego e ferro pra pata e pra mão
Eu me larguei lá pros Olhos D'Água
Fui de carona com um caminhão
Eu me larguei lá pros Olhos D'Água
Fui de carona com um caminhão
Passei uns dia' lá com o pessoal
Adelgaçando minha cavalhada
Com Seu Nadir, o Fernando e o Carlito
Eu ajudava e já movia a eguada
Sentei os ferro' e emparelhei o toso
Pus o cincerro e pousou emangueirada
Tomei uns mate' e ajeitei a mala
Clareava o dia e agarrei a estrada
Tomei uns mate' e ajeitei a mala
Clareava o dia e agarrei a estrada
Ao trote manso, cruzei no cerrito
Na sociedade, segui meu caminho
Eu tinha feito essa volta contigo
Mas, dessa feita, me larguei sozinho
Às onze hora', subi o pedregal
De meio dia, cheguei no Luizinho
C'o a carne assada e um potro na colhera
Ali, encontrei o amigo Gaviãozinho
C'o a carne assada e um potro na colhera
Ali, encontrei o amigo Gaviãozinho
Pegamo' a estrada do Passo da Aguada
Tomemo' uma e fomo' ao Sarandi
Até pealamo' uma vaca na estrada
Pra ordenhar, bem coisa de guri
Fizemo' o poso lá na São Miguel
Estância antiga que tem no Cati
Dando uma mão pro Tio Ivo Martins
Tava o tropeiro Hilário por ali
Dando uma mão pro Tio Ivo Martins
Tava o tropeiro Hilário por ali
Por lá, ficamo e já deixemo uns potro
Visita véia ligeira de fato
Já demo volta e entramo' na várzea
Fomo atalhando em direção ao mato
Desencilhamo na boca da noite
Na firma grande marca Carrapato
Posei tranquilo na Estância do Umbú
No chapadão ali do Cerro Chato
Posei tranquilo na Estância do Umbú
No chapadão ali do Cerro Chato
O Gaviãozinho ficou na estância
Porque, de peão, já tava lá ajustado
E, no outro dia, meio garoando
Me fui de poncho e chapéu desabado
Pus os arreio' na minha Tordilha
E acolherei a mula c'o Gateado
Fui parar lá no Passo do Mingote
E esse volteio ficou registrado
Fui parar lá no Passo do Mingote
E esse volteio ficou registrado