Eu fiz promessa pra que Deus mandasse chuva
Pra crescer a minha roça e vingar a criação
Pois veio a seca e matou meu cafezal
Matou todo o meu arroz e secou meu argodão
Nesta coieita meu carro ficou parado
Minha boiada carreira quase morre sem pastar
Eu fiz promessa que o primeiro pingo d’água
Eu moiava a flor da Santa que tava em frente do artar
Eu esperei uma sumana, um mês inteiro
A roça tava tão seca, dava pena a gente vê
Oiava o céu, cada nuvem que passava
Eu da Santa me alembrava pra promessa não esquecê
Em pouco tempo a roça ficou viçosa
A criação já pastava, floresceu meu cafezal
Fui na capela e levei trêis pingos d’água
Um foi o pingo da chuva, dois caiu do meu olhar
(Pedro Paulo Mariano – Santa Maria da Serra-SP)