declamado
Na oficina onde Rosinha trabalhava
Ao meio-dia apitava a saída pra almoçá
Na mesma hora apitava minha oficina
Eu corria lá na esquina só pra vê ela passá
E quando o guarda o enorme portão abria
O meu coração batia cheio de satisfação
De uma em uma eu pregava o meu olhar
Na hora dela passar, meu Deus, que aflição
Ela passava, eu olhava, ela me olhava
Seus passos eu acompanhava sem coragem de falá
Até que um dia o colega, meu vizinho
Entregava um bilhetinho que eu escrevi pra lhe entregá
Passou-se um dia, uma semana, um mês inteiro
No horário costumeiro, meu Deus, que desilusão
Veio a resposta, eis a história terminada
A Rosinha era casada com meu chefe de seção
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)