O galope só e bom quando é à beira mar
O galope só é bom quando se pode amar
Esse mote só é bom bem livre de cantar
Falar em morte só e bom quando é pra banda de lá
Ei, sacode a poeira
Imbalança, imbalança, imbalança, imbalança
Casa de ferreiro, espeto de pau
Quem não engole espinha nunca vai se dar mal
Quem não dança minha dança é melhor nem chegar
Se puxou do punhal tem que sangrar
Tem que sangrar, tem que sangrar
Ei, sacode a poeira
Imbalança, imbalança, imbalança, imbalança
Me dê um cadinho de cachaça
Me aqueça, me aperte, me abraça
Depressa, correndo, vem ligeiro
Me dê teu perfume, dê um cheiro
Encoste em meu peito o coração
Vamos mostrar pr’esse cabras como se dança um baião
Oi, quiser aprender é favor prestar atenção
Ei, sacode a poeira
Imbalança, imbalança, imbalança, imbalança
Deixa essa criança chorar, deixa essa criança chorar
Não adianta cara feia, nem adianta se zangar
Que ela só vai parar quando essa fome passar
Ih, doutor, uma esmola a um pobre que é são
Ou lhe mata de vergonha, ou vicia o cidadão
Ei, sacode a poeira
Imbalança, imbalança, imbalança, imbalança