Minha vida de dor e de procela
Que se extinguiu na tempestade imensa
Despedaçou-se à falta dessa crença
Que as grandes luzes místicas revela
E estraçalhei-me como alguém que sela
Com o supremo infortúnio a dor intensa
Desvairado de angústia e de descrença
Dentro da vida sem compreendê-la
Ah! Crer! Bem que, na terra, não possui
Quando entre conjeturas me perdi
De tão pequena dor fazendo alarde
Crença! Luminosíssima riqueza
Que enche a vida de paz e de beleza
Mas que chega no mundo muito tarde