Silenciosa madona da tristeza
A morte abriu-me as catedrais radiosas
Onde pairam as formas vaporosas
Do país ignorado da beleza
Num dilúvio de lírios e de rosas
Filhos da luz de uma outra natureza
Que entornavam no espaço a sutileza
Dos incensos das naves harmoniosas!
Monja de olhar piedoso, calmo e austero
Que traz à terra um tênue reverbero
Da mansão das estrelas erradias
Irmã da paz e da serenidade
Que abriu meus olhos na imortalidade
À esperança de todos os meus dias!