De alma campeira
Só empunho bandeira
Que traz liberdade
Não sigo as pegadas
De teses firmadas
No breu das cidades
Me visto de poeira
E me vou na fronteira
Sorrindo na lida
De boina ou chapéu
Com a benção do céu
Dou gracias pra vida
Gaúcho de ontem
Gaúcho de hoje
Se veste a preceito
Com a pilcha que tem
Não pago ilusão
E por ser verdadeiro
Só monto de em pelo
Na própria opinião
No campo e cidade
Meu traje é a verdade
Pois sou o que sou
Não creio em decreto
Mas olho de perto
E consciente me vou
Tamanho de lenço
Não dita o que penso
Nem tira defeito
Pois rico ou sem luxo
O que forja o gaúcho
Tá dentro do peito