Ele era um triste
Nunca vi ninguém como ele assim
Tinha um rosto quase branco
Um olhar de santo
E um banco de jardim
Que era sua moradia
Onde amanhecia
E onde ele se guardava
Pra poder chorar
Vendo todo aquele povo
Sem nada de novo
Pra mudar seu rosto
Pra se contentar
Ela era triste
Nunca vi ninguém como ela assim
Ela nem sequer sabia
Como é que seria
A cor de um banco de jardim
Sua face era sombria
Mas um belo dia
Ela assim passava
Querendo chorar
E ela em meio àquele povo
Viu algo de novo
Viu um outro rosto
Sem se contentar
E se juntou tristeza com tristeza
Numa só certeza de querer chorar
Mas pra grande surpresa
Só surgiram risos
Pra se contentar