Moleque descalço, na terra no asfalto
Correndo no encalço, da bola de meia
Um drible e um salto, um chute na veia
Balão vem voando feito lua cheia
Bateu na parede, entrou na baliza
Brincou que era rede, balançado à brisa
É esse menino, filho de Quintino
Tá jogando muito, tá batendo o fino
Onde o galinho vai todo o mundo vem
Quando o galinho vai o time se dá bem
E onde o galinho vai, sei que vou também
Pois se o galinho vai, vai ter show meu bem
Galinho de briga, partiu pra partidas
De dentro das quadras, pros campos da vida
É o dom é o dengo é o dez do Flamengo
É a festa é falta, que a bola obedece
Rasteira ou mais alta, pra dentro ela desce
Lá onde a coruja finge que adormece
É a ginga é o jeito é a raça é a taça
A massa vibrando, estado de graça
Galinho de briga, não foge da raia
Na terra, na grama, na quadra, na praia
No campo, na copa, América, Europa
Dando bicicleta, matando no peito
Letra de poeta, toque de efeito
Não perde a jogada, mostra o ensinamento
Lança a garotada, no segundo tempo
Traz pro mundo inteiro, o Rio de Janeiro
Tema do filme “Uma Aventura com Zico” 1998