Pra que você insiste em me dizer
Que eu sou dessas esquinas dos motéis
Da cama dos solteiros dos amantes infiéis
Que eu sou filha da noite e dos cabarés
Pra que se esconder nos botequins
Sonhando me encontrar nos camarins
Dispenso o seu conselho
O seu senso de moral
Seu medo do espelho
É bem mais imoral
É cadê coragem de me amar
Cadê coragem de encarar
Seu coração
É pra que fingir bancando herói
Enquanto o peito se corrói
Nessa paixão