É feito chuva de verão
Desabafo da estação
Podemos compreender
E reviver nossos dias sem complicação
Desisti de ter razão
Recosta em meu peito
E se entregue no bem que lhe guardo é assim
Tão natural, divinal
Aparentemente sem razão
Mas não vá pensando que é independente
Você tem que regar
Como o rio faz com o mar
E adorna o seu leito
E o tempo se encarrega de dizer
Quem é feliz
A nossa grande ilusão
Fazer do amor uma prisão
E da paixão um hospício
Só pra cultivar nossos vícios, fetiches e medos
Nos façamos felizes
Sem possuir ninguém
E se toque no bem que lhe guardo é assim.