Na pedra dos sonhos vislumbrei meus ardis
E os matizes do pasto que exalam perfeição
Tudo é silêncio, em canto de pássaros
O sol que arde, portal do sertão
O povo esquecido à par da civilização
Foi índio, escravo, vaqueiro e hoje é peão
Lá, foi-se o gado, é só construção
Ficou a pedra das lamentações
(Pedra ferrada, Pedra do cavalo, Pedra do descanso, Pedra dos sonhos, Ita, Itapororocas, Itaberaba, Ebenézer)
O terreno árido, a plantação na resistiu
Foi reza promessa p´rum santo
Que será que acudiu
quem do solo, solo nasce
E o destino ora encurta
Diz que na terra de titãs
Deus se ajunta a quem luta
Aquém,a quem?
(Olha o rastro no mato. Vem a pé sem cangaio? É do bando, um sordado, um fugido? Terra de Lucas!)
Em todo canto que é mudo de gente do sertão
A ida a partilha de uma raça
Os poros da nação
Fez-se metrópole com seus avião
E o povo esquecido
Segue na contramão.