Ouvi contar
Que meu amor estaciano
Num devaneio de encanto
Pediu licença entrou na mata
Conheceu Yamandecy, rebatizado Guarini
Na feitiçaria de um pajé
A fé num sopro sobrenatural
Desperta a beleza ancestral
Caminhando sobre as folhas e flores
Avistou o saber da aldeia
Valores pra proteger, pajelança e Lua cheia
Coaraci, Yaci, Tainakã, Ypuré
Sol, cor, estrela e brilho
Seres, mitos e crenças em seu delírio
Sete espíritos a força guardiã
Os encantados guiarão o amanhã
Incorporado de caciques justiceiros
Que o garimpeiro um dia ceifou
A esperança em seu peito aflora
Amazônia lhe implora
O sonho não acabou
Entrou na roda ciranda
Eu quero ver cirandar
Caiu nas graças do folclore popular
Do Norte chega o lutador guerreiro
Corpo pintado de vermelho
Pra ensinar o que aprendeu
Na defesa do que é seu!
É a lenda de um leão
Alma do velho Estácio
Engerado na floresta
Raiz do São carlos