Chama fumaça pra firmar o catimbó
No açoite dei um nó
Eu me chamo Malunguinho
Sou eu, o avesso do sistema
Pelas matas e juremas
Abro portas e caminhos
Malunguinho eu sou, pesadelo e reboliço
O cabelo no feitiço, fogo no canaviá
A brenha de liderar a desgrenha
Brasa que não se desdenha
O catiço catucá
Okê caboclo! Quem plantou a aroeira?
Okê caboclo! Quem plantou a aroeira?
Fui eu! Fui eu! O cupim na cumieira
Fui eu! Fui eu! O cupim na cumieira
Sete flechas no terreiro, de angico ao Vajucá
Não vai ficar em pé quem tentar me derrubar
Tenho a foice e o facão, por favor não desacata
Eu não vou pedir perdão se abrir boca da mata
Virei mestre encantado, no cachimbo, o mato aceso
Triunfei ao mal olhado e guardei o indefeso
Comigo ninguém pode na Jurema
Abrigo da Jurema é juremá
Na encruza meu povo é trunqueira a quem desafiar
É pra firmar o alujá
Se cada mocambo resiste
Insiste na fé que encontra em mim
Coroado em procissão
Mais um João no terreiro do Alafin
Sobô nirê, sobô nirê mafá
Sobô nirê mafá da falange de reis
Sobô nirê, sobô nirê mafá
Sobô nirê mafá dos kabecilês
Fogo de alastrar, samba que incendiou
Rastilho que atiça meu tambor
Sou Viradouro de três mundos mensageiro
Quem me cruza em sete pontas
Tem a chave do cruzeiro