Não tenho capataz
Não tenho dono
Ninguém será capaz de me dobrar
Como seu eu fosse um lenço e pôr no bolso
E me tirar do bolso e se enxugar
O meu amor eu dou a quem me veja
Como um lençol quarando no varal
Alguém que chega me abraça e me beija
E eu ali pulando o carnaval
Pulando o carnaval
Literalmente
Ou pulando e caindo bem sentada
Em posição de lótus na calçada
A multidão passando alegremente
Sou quem sou vou fazendo o que eu bem queira
Sem eira nem beira nem protocolo
Quem me quiser que descubra a maneira
Não me bote no bolso e sim no colo
Quem me quiser que veja eu sou imensa
Eu sou intensa como a luz do sol
Quem me quiser que veja a diferença
Do tamanho do lenço e do lençol
Quem me quiser que veja a diferença
Do tamanho do lenço e do lençol