Hoje a saudade bateu no meu peito
com jeito de quem chega prá ficar...
Há muito tempo ela andava distante
que eu até pensei que não fosse voltar...
Trouxe consigo inútil bagagem,
o pó da viagem, de um mundo que é seu...
Seus discos, seus livros, seus fatos
e os velhos retratos
que o tempo esqueceu...
Então percebi, comovido,
que o esquecido fui eu !
E o que fazer com a minha saudade
que invade e maltrata o meu coração
Quero ser dono da minha vontade,
eu digo que sim... E ela diz-me que não !
Eu passaria, talvez, por covarde,
se alarde não fizesse da minha paixão:
Meus sonhos profanos, meus planos
e os pobres enganos que fiz por amar
Abraço a saudade no peito
e me ponho a chorar !