O quanto vale o clamor,
A chave, a reza, sabor
Para o que eu fiz?
Senti o pranto, o sal, o mar,
O riso, gozo, o vulgar
E talvez te quis.
Quero te encontrar
No vento, no sopro, no ar...
Meu caminho sigo só
Em paz, em laço, poço, nó
E bem estou.
Criando o belo, o bem, o mal,
Vago sendo imortal
No que eu sou.
Quero te encontrar
No vento no sopro, no ar
Para dizer que nunca te esperei
E tudo que eu sou
Não passa de uma flor
Que pelo tempo
Nada tem a exalar.