Pandeiro, cavaco e palma da mão
Agogô, viola, Agogô, viola, Agogô, viola!
O morro desce em verde e branco a cantar
Quero ir de volta pro meu lugar!
Chama Beto, eterno poeta
O que espanta miséria é festa!
Compadre levanta a cabeça e reza
Esquece tristeza depressa
Sorria a cantarolar
Busão lotado, mas o pensamento voa
O patrão já não perdoa, você sabe como é
Bom camelô faz da feira a magia
Ali onde tudo se cria, é o maior zum zum zum
Meu peito ressoa ao rufar do tambor
Em cada barrica, um sopro de amor
Ai que saudade de um paticumbum
Fé que gira, gira mundo, roda vai girar
Madureira solta a voz pra nunca mais se calar
A fumaça do cachimbo da vovó
Cega um, quebra feitiço, desata nó
Seu zé, seja minha companhia
Me proteja onde for, seja noite, seja dia
Sim, o samba é oração
A alma em comunhão
O subúrbio a cantar
Suor e cerveja à sombra da tamarineira
O bom da vida é festejar!
Caneta iluminada, alta patente
Ainda presente no cotidiano
De volta ao teu templo
Tu és monumento
Do glorioso Império Serrano