Lá no céu tá trovejando
Lá no mato tá chovendo
Morena esse teu jeitinho
Agora eu tô percebendo
Fui nascido pra vancê
Para vancê eu vô vivê
Fico alegre e satisfeito
Quando vejo o sór nascendo
O dia que eu não te vejo
Parece que tô morrendo
O sór fica diferente
Na hora que vai escondê
Galo canta no terrero
Quando o dia vem rompendo
Quanto mais vejo vancê
Mais eu fico te querendo
Por tua causa, morena
Padeço e não arrependo
Morena, me queira bem
Que por ti eu vô vivendo
Tenho dentro do meu peito
Um calor que vai ardendo
Não quero morrê sozinho
Não quero morrê sofrendo
Quero morrê nos teus braço
Devagá, desfalecendo
Comparando um rio sereno
Que pra longe vai descendo
Morrerei bem satisfeito
Seus carinhos recebendo
(Pedro Paulo Mariano - Santa Maria da Serra-SP)