Eu quisera que fosse verdade
Tudo quanto eu vivo a sonhar!
Pra matar está rude saudade
Que jamais poderei ocultar
Por que vivo tristonho a pensar?
Quando possa meus olhos volver
Pra casinha de palha saudosa
Onde tive de meu pais viver
Era uma casa armada nas matas
Feita de barro, bambu e sapê!
Toda cercada de grandes palmeiras
Aonde cantava meu irerê!
Penso mesmo se eu lá chegar
Nada disso eu hei de encontrar
Pois que o tempo tudo modifica
Reavendo o que vem nos dar
Mas confesso que tenho vontade
E desejos de lá eu voltar
Muito embora não veja mais nada
As saudades eu quero matar
Quando quiseras o vento soprava
A choça querida branquinha ficava
Toda coberta de alvo algodão
Que belo que era olhar-se pro chão