I - MANIFESTO
Para os lusófonos, para os anglófonos
Eu represento o Underground nos micrófonos
Essa é a carga brutal que eu trago como arsenal
Para massacrar os mc's no holocausto verbal
Bro, seja modesto e confessa
Que não consegues resistir ao que esse nigga expressa
Nas palavras com rimas ultra-iluminadas
Que sem rodeios deixam-te com a cara aparvalhada
Desliga-te da rádio, da TV e do jornal
Sintoniza H. I. P H. O. P Diferencial
(Diferncial Produções, man!)
Sente o manancial
Deste flow que eu dou no Hip Hop Nacional
Vislumbre essencial em cada timbre sonoro
Pois eu transpiro saúde intelectual pelos espôros
E sem coros, eu jamais levo desaforos
Mesmo que venham cem, venham mil, venham todos
Evidencio barreiras nas vossas editoras
E fecho a carreira dos coitados que vocês exploram
Aqui no Underground eu me sinto quente
E niguém me tira daqui enquanto eu for um agente
Refrão
H. I. P H. O. P R. A. P
Agente Supremo, forte, firme, mantém-se de pé
Trago holocausto verbal no R. A. P
Continuo Underground porque a mim ninguém me vê
II - MANIFESTO
Eu não sou como esses niggas, não
Que volta e meia mudam de cor como um camaleão
São prostitutas que fazem sexo em mentruação
E só são hardcore até verem a cor do cifrão
Sente o clarão que vocalizo nas palavras
Para horrorizar o clã dos rappers que tu idolatras
Este é o veneno que eu escarro para quem me afronta
Faço triplos na cara dos niggas que nem o Lutonda
A minha aparição no Rap é um mistério
Eu sou a décima terceira praga p'ra este império
De Rappers e bitches, Rappers e snitchers sem skills
Que fogem do Underground perante os meus versos hostils
Eu azedo vosso Rap doce, com sete doses
De brutal liricismo, sozinho não tens hipóteses
Quem foi que disse que o Rap não tem expressão
Se eu sou a prova mais clara que aclara no Underground
No Underground onde eu me sinto um campeão
Porque eu trago Luz do Túnel para os niggas na escuridão
E quem acha que não então faça uma análise
Eu sou o X do Rap como Freud da Psicanálise
Refrão
H. I. P H. O. P R. A. P
Agente Supremo, forte, firme, mantém-se de pé
Trago holocausto verbal no R. A. P
Continuo Underground porque a mim ninguém me vê
II - MANIFESTO
Holocausto verbal, assalto verbal
Eu dou canto verbal, encanto verbal (bro)
Este é o flow que fez com o hardcore
Mudasse de cor para um preto no branco sem valor
Sem clamores, o que eu trago não é beef
É trepidação para o solo de mentes em queda livre
Não tentes seguir as minhas passadas nesta viagem
Porque quanto menos esperas cais em derrapagem
O fragmento duro do Rap ganhou uma imagem
E o Agente Supremo protagoniza a triagem
Na nação Hip Hop espectante pela abordagem
Eu trago flow e trago skills numa só linhagem
Wacks trancam as caras na minha presença
Porque eu devolvo a mística do Underground consciência
Com a essência do seu tom monocromático
Eu sou a ausência de oxigénio para o teu flow asmático
Actuo no Rap como um vulcão hidropírico
E queimo cérebros com esse poderio lírico
Este é o senso onírico sem igualdade
E de alguém que vê no Rap o caminho para a liberdade
Refrão
H. I. P H. O. P R. A. P
Agente Supremo, forte, firme, mantém-se de pé
Trago holocausto verbal no R. A. P
Continuo Underground porque a mim ninguém me vê