Ao passar pelo ribeiro
Onde às vezes me debruço
Fitou-me alguém, corpo inteiro
Dobrado como um soluço
*
Pupilas negras, tão laças
Raízes iguais às minhas
Meu amor quando me enlaças
Porventura as adivinhas
Meu amor, quando me enlaças
*
Que palidez nesse rosto
Sob o lençol do luar
Tal e qual quem ao sol posto
Estivera a agonizar
*
Deram-me então por conselho
Tirar de mim o sentido
Mas depois vendo-me ao espelho
Cuidei que tinha morrido
Cuidei que tinha morrido