Lá porque tens cinco pedras
Num anel de estimação
Agora falas comigo
Com cinco pedras na mão!
Enquanto nesses brilhantes
Tens soberba e tens vaidade,
Eu tenho as pedras da rua
Pra passear à vontade!
Pobre de mim, não sabia
Que o teu olhar sedutor
Não errava a pontaria
Como a pedra do pastor
Mas não passas sorridente
Ah, lá de ar satisfeito
Pois hei de chamar-te "a pedra"
Pelo mal que me tens feito!
E hás de ficar convencido
Da afirmação consagrada:
Quem tem telhados de vidro
Não deve andar à pedrada"