Não digam ao fado com ar de disfarce
Que é baixo que é reles, que não tem valia
Que aprenda ciências, que vá doutorar-se
Que seja poeta, mas doutra poesia
Mas digam ao fado, que não se entristeça
E apenas se alegre, nas provas de vinho
Que por maus ciúmes, não perca a cabeça
E não ande às cegas por tão maus caminhos
O fado fadista
Tem de tudo um pouco
Tem tanto de artista como tem de louco
Veste-se de novo
À maneira antiga
É filho do povo e o resto é cantiga