Lisboa é testemunha o resto é solidão
Um mundo de silêncio ternura sem o amor
E receio e ciume em choro sem razão
Dum desengano triste sem força de rancor
Lisboa é testemunha, ficou só desespero
Em lágrimas salgadas, remorso ou liberdade
Pobre sonho que eu quis para sonhar que te quero
Na solidão maior que é sempre uma saudade
Lisboa é testemunha, a terra, o sangue, a vida
São vozes em silêncio, vontade de ter fome
De gritos no meu peito numa esperança vencida
Lisboa é testemunha do amor que não tem nome