Menino
Moleque ladino
Tonteia, vagueia sem tino
Se defende com destino
De perdido menino
Moleque
Barriga d’água
Bucho quebrado perdiz
Bicho do mato sem trégua
Rebento mais que infeliz
Peregrino cai no mundo
Cai nas garras do sem fim
Qual ave de arribação
Depenado o sonho enfim
Desentoado o coração
Sangue travado nas veias
Entrave, travor na língua
Perdido aos gritos e berros
Morrendo a míngua
Vencido nos tiroteios
Perde as rédeas, perde os freios
Perde a estribeira
Vira estilhaço cangaço
Bagaço de fim de feira