Quando eu fico sem você, o coração agita
A boca fica aflita e a cabeça dói
Eu fico parecendo um molequim safado
É chororô pra todo lado e tome água no zói
A saudade é um espinho furando meu peito
Do lado esquerdo, eu não durmo direito
Na cama em que há guerra, a paz não se deita
A falta que faz e a presença não feita
Desanda em desejo mas anda na sala
Saudade incomoda, é muda mas fala
Calando em segredo, revela a tristeza
Querendo alimento que não tá na mesa
Quando eu fico sem você, o coração agita
A boca fica aflita e a cabeça dói
Eu fico parecendo um molequim safado
É chororô pra todo lado e tome água no zói
A saudade é dois tempos, aqui e agora
Um queima por dentro, um molha por fora
Um gosto de morte na mão da pessoa
Saudade que escapa e saudade da boa
Mas se ela estica trilho na distância
Quando o trem do tempo não deixa correr
Saudade que tora, tristeza que acunha
E aí haja unha pro cabra roer