* * * * * * * * * * *
Quem visse aquele ranchinho
Lá na beira do caminho,
À sombra de um pinheiral
Parava cheio de espanto
Ao ouvir de dentro o canto
De um Sabiá divinal...
Jamais alguém pensaria
Que nesse racho existia
Um caboclo apaixonado
Quem partiu, deixou lembrança
E ele guarda uma esperança
Ele canta amargurado...
A rola nunca esquece
De onde fez o seu primeiro ninho
O seu primeiro ninho de amor...
Pobre rolinha triste,
Andar por onde quiser andar
Mas ao seu primeiro ninho
Tem sempre que voltar.