Amigo, eu venho debruçar-me no teu ombro
Pra fazer a confissão do meu fracasso
Para dizer que esse covarde não tem força
De voltar contra o seu peito o próprio braço
Amigo, eu venho não em busca de consolo
Nem de apoio moral pra minha dor
Venho apenas, meu irmão, meu camarada
Para dizer que roubei o seu amor
Quero dizer-te, meu irmão, meu camarada
Que lutamos contra tudo ferozmente
Que tentamos esmagar os corações
Mas que o amor foi bem mais forte, infelizmente
Um assassino que mata a sangue frio
Um ladrão que assalta à mão armada
Talvez não sinta no peito esse remorso
E essa vergonha na face retratada
Amigo, nunca mais me estenda a mão
Que não merece por mim ser apertada
Nem essa mulher merece o teu perdão
Esquece que existimos, camarada