Fundaram um cabaré no morro
E cismaram que eu devia frequentar
Fiz pé firme, disse mesmo: Eu lá não vou!
Só quero ver quem é que vai me obrigar!
O meu cabrocha, que foi sempre a meu favor
Desta vez também veio contra mim
Não sei por quê estou ficando diferente
Já não gosto de malandro, nem frequento botequim
E é a minha opinião
Quando eu quero, eu quero mesmo
E comigo é assim
E vim descendo, batucando os meus tamancos
Abandonando a malandragem, o barracão
Embora sendo nascida no morro e criada na orgia
Vi que essa gente não tem civilização
E resolvi a mim mesma de voltar
Se a vida um dia, se Deus quiser, melhorar
Com um ricaço pendurado no meu braço
Vestido de seda, capote de forro
Civilizarei o morro