Quando as luzes da ribalta se acendiam
Mil mulheres lá no palco apareciam
Cada uma de beleza sem igual
Porém, ao sinal do diretor
Imponente, num cenário multicor
Como deusa, surgia divinal
O maestro se empolgava, a platéia delirava
E a estrela soberana, dominava.
Cada noite era um sucesso
Cada dia um novo amor
Que a estrela transformava em sofredor
Hoje, hoje,
Como tantas fracassadas
Vive a beira das calçadas
Estendendo a sua mão
E aquela mesma gente
Que aplaudia alegremente,
Nega um pedaço de pão
Pede e chora, relembrando o seu passado
Tanta gloria tanta fama,
Seu consolo é saber, que as estrelas lá no céu
Também refletem na lama !.